O dia 15 de novembro é uma data especial para os ilhéus, não só pela Proclamação da República, mas por lembrar seu mais ilustre visitante, Dom Pedro II, que ali aportou pela primeira vez no dia 5 de dezembro de 1863, rumo à Angra dos Reis em sua primeira visita a estas terras.
O Imperador chegou ao meio dia na Praia das Palmas, para liberar o comando de sua nau ao prático que lá vivia. Este conduziu a embarcação até ao Abraão, onde pernoitaram a pedido de D. Pedro II, por causa do mar revolto que o indispusera. Sua Majestade passa a noite na Fazenda do Holandês e no dia seguinte, antes de prosseguir viagem, deu uma contribuição para a construção da igreja da Vila do Abraão.
O Imperador registrou em seu caderno de notas, sua passagem pela Ilha Grande, com caprichados desenhos do contorno da Ilha, da Ilha de Pau-a-Pino e do Pico do Papagaio.
Mais tarde, quando da escolha do local para construção do Lazareto em 1884, com fins de abrigar as pessoas em quarentena vindas de países assolados pela cólera-morbo, a Coroa adquire a Fazenda do Holandês, possivelmente por influência de Sua Majestade.
O Lazareto funcionou durante 28 anos e ao longo deste período atendeu a mais de 4.000 embarcações, desinfetando aproximadamente 3.367 delas. Nos dias 18 e 19 de abril de 1886, D. Pedro II se hospeda no Lazareto pela primeira vez, retornando para uma estadia mais longa, de quatro dias, em agosto de 1889.
Com a Proclamação da República, o Lazareto sofre reformas e Nossa Majestade não mais volta como hóspede e sim como prisioneiro desterrado de sua pátria, antes de sua partida para o exílio em Portugal.
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