Antes de abrigar o presídio, Dois Rios foi palco de guerras entre corsários e fazendeiros.
A Vila de Dois Rios também foi sede da maior fazenda da Ilha Grande, que desenvolveu em suas terras o cultivo da cana-de-açúcar e do café durante longos anos.
Depois da Proclamação da Lei Áurea a produção da fazenda diminuiu, por causa da consequente perda da mão-de-obra escrava, acarretando aumento nos custos da produção, que se elevavam a cada vez mais devido à distância do lugar e às dificuldades de escoamento dos produtos.
Em 1884, a Fazenda de Dois Rios foi vendida ao Império para compor o complexo do Lazareto. Segundo o historiador Vieira de Mello, dois foram os motivos para a Coroa comprar a Fazenda de Dois Rios; para servir ao abastecimento de alimentos e para proteger as matas, preservando assim, os mananciais de água que supriam o Lazareto.
Mais tarde, a fazenda se tornou presídio e um novo ciclo se iniciou em Dois Rios, que passou a abrigar funcionários do presídio e gente atraída pela economia formada em torno da carceragem.
No tempo em que esteve estabelecido em Dois Rios, o presídio preservou não só o lugar em que funcionava, mas também toda a Ilha Grande, que temido por histórias verídicas ou não, de criminosos, afastou turistas e investidores deixando intacto o paraíso.
As casas ao redor da praça eram moradia dos guardas do antigo presídio e atualmente são ocupadas pelos por ilhéus, pesquisadores, cientistas e técnicos da UERJ.
Hoje, é o CEADS (Centro de Estudos Ambientais e Desenvolvimento Sustentável) que administra a área através da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
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